domingo, 27 de abril de 2008

Uso Popular do Vinagre de Maçã

Uso Popular do Vinagre de Maçã

Cabelo Para dar brilho e amaciar: Diluir 2 colheres de sopa de Vinagre de Maçã em meio litro de água. Após lavar o cabelo, enxaguá-Io com esta mistura. Decorrido 2 minutos, enxaguar com água morna pura. O uso continuado reduz a caspa e a queda de cabelo. Condicionador: Lavar normalmente os cabelos, enxaguando com água. Friccionar o couro cabeludo com Vinagre de Maçã puro ou diluído. Retomar a enxaguar os cabelos com água morna pura após 2 minutos. Pele

Tonificador da Pele:
Para equilibrar o balanço ácido-alcalino do corpo, diluir 2 colheres de Vinagre de Maçã em meio litro de água. Lavar a pele com esta mistura. Após 2 minutos lavar com água. O excesso ou a falta de oleosidade da pele tendem a se normalizar com o uso freqüente desta prática. Revitalizador após a exposição solar: Aplicar nas partes do corpo que estiverem expostas ao solo Vinagre de Maçã para refescar, tonificar e evitar o esfoliamento da pele. Condicionador do Corpo: Para aliviar o stress e regularizar o tonus da pele e dos músculos acrescentar 6 colheres de Vinagre de Maçã na água do banho de imersão.

Outros Usos

Facilitador da Digestão:
Engordamos porque ingerimos mais energia do que gastamos, e este excedente é convertido em reservas, sob a forma de gordura. A gordura reduzida é aquela que ingerimos na alimentação. O Vinagre de Maçã, facilita ao organismo sua eliminação, não permitindo que parte desta gordura ingerida seja assimilada. A medicina popular recomenda ingerir durante a refeição, 2 ou 3 colheres de chá de Vinagre de Maçã diluído em água, como se fosse um chá ou refresco ou ainda, 4 gotas de Vinagre de Maçã sobre a língua.

Flatulência (gases): sempre que cozinhar feijão ou outras leguminosas, coloque na panela do cozimento meio colher de sopa de Vinagre de Maçã. Os grãos ficam macios e fáceis de serem digeridos.

Tônico diário contra fadiga:
A perda de iniciativa e de entusiasmo; a sensação de cansaço quase permanente, mesmo após um sono natural; a dificuldade em conciliar o sono; são algumas indicações de disfunções orgânicas que podem ser regularizadas com 1 colher de mel de abelhas e 1 colher de sopa de Vinagre de Maçã, diluídos em 4 copos de água. Dividir em porções mínimas. Bebê-Ias durante o dia. Hipertensão: A medicina tradicional de Vermont recomenda diminuir o teor de proteínas, açúcares e sal; trocar os alimentos à base de trigo pelos de milho e centeio; aumentar a ingestão de ácidos orgânicos naturais encontrados nos vegetais. Como auxiliar da dieta, 2 ou 3 colheres de chá de Vinagre de Maçã, diluído em água morna ou fria, podendo-se beber diversas vezes ao dia como se fosse um chá ou i refresco. Diarréia: 3 colheres de Vinagre de Maçã diluídas em um copo de água fervida, de 2 em 2 horas, até que seja solucionado o problema. Indigestão: 2 colheres de chá de Vinagre de Maçã diluídas em água morna 3 vezes ao dia. Age como auxiliar ativo das funções enzimáticas, necessárias para uma boa digestão. Dor de garganta: Adicionar a meio copo de mel 2 (duas) colheres de sopa de Vinagre de Maçã. É importante misturar bem antes de usar. Ingerir uma colher de chá 6 vezes ao dia, desta mistura, deixando-a na boca o maior tempo possível. A primeira dose deve ser bebida ao despertar e em jejum, e a última na hora de ir para a cama. Esta mistura ajuda a eliminar bactérias e diminuir as inflamações. Aftas: Misture 2 colheres (sopa) de Vinagre de Maçã em um copo de água. Fazer bochechos com a mistura, diversas vezes. Esmagando 1 folha de sálvia no vinagre melhoram os resultados. Bibliografia. .

"LOS ALIMENTOS MILAGROSOS" Erwin Moller, Edit. Grijalbo. "FOLK MEDICINE" D.e. Jarvis, M.D. Faucet Crest, New York. A TENÇÃü:

As indicações acima são meramente informativas do uso popular do Vinagre de Maçã. Não são prescrições médicas.
A título informativo apresentamos, abaixo, uma síntese de alguns assuntos encontrados no livro do Dr.D. C. Jarvis.


Enxaqueca
Para ajudar a restabelecer o equilíbrio metabólico do organismo, deve-se introduzir na alimentaçê\.o ácidos orgânicos, os quais podem ser encontrados nos vegetais e também no Vinagre de Maçã. Por isso a medicina regional do Vermont recomenda 2 ou 3 colheres de chá de Vinagre de Maçã diluído em água, morna ou fria, bebido em jejum e a qualquer hora, como se fosse um chá ou refresco. Pode-se acrescentar 1 ou 2 colhe­res de chá de mel de abelhas.

Fadiga
A perda de iniciativa e de entusiasmo; a sensação de cansaço quase que permanente, mesmo após um sono natural; a dificuldade em conciliar o sono, são indicações de disfunções orgânicas que podem ser regularizadas com 2 colheres de chá de mel de abelhas e 1 colher de sopa de Vinagre de Maçã, diluídos em água morna ou fria, bebido várias vezes ao dia.

Obesidade
A medicina regional do Vermont lança mão do Vinagre de Maçã para diminuir a papada e o excesso de gordura, recomendando 2 ou 3 colheres de chá do vinagre, diluído em água morna ou fria, bebido em jejum, diversas vezes ao dia, como se fosse um chá ou refresco.

Garganta
o remédio regional mais utilizado no Vermont para curar a inflamação e a dor de garganta são os gargarejos feitos com uma mistura de uma colher de sopa de Vinagre de Maçã com 3 colheres de sopa de água, aplicados de 2 em 2 horas.

Tonificador da Pele
após exposição solar Após uma exposição solar, é aconselhável aplicar em todo o corpo o Vinagre de Maçã para refrescar, tonificar evitar o descasmento da pele.

Hipertens~o
A medicina do Vermont recomenda: diminuir o teor de proteínas, açúcar e sal refinado; trocar os alimentos à base de trigo pelos de milho e centeio; aumentar a ingestão de ácidos orgânicos naturais encontrados nos vegetais e auxiliar a dieta com 2 ou 3 colheres de chá de Vinagre de Maçã, diluído em água morna ou fria, bebido diversas vezes ao dia, como se fosse um chá ou refresco.

Condicionador da Pele
Espalhar com a palma da mão um pouco de Vinagre de Maçã puro ou diluído, na região do corpo que interessar. Deixar secar. Lavar com água pura se desejar. O excesso ou falta de oleosidade da pele tenderá a se normalizar com o uso freqüente desta prática. Condicionador de Cabelo Lavar normalmente os cabelos, enxaguando com água pura. Friccionar o couro cabeludo com Vinagre de Maçã puro ou diluído, retomando a enxaguar os cabelos com água pura.

Mau Hálito
Para combater o odor desagradável do hálito pessoal sugere-se o uso de 2 colheres de chá de Vinagre de Maçã diluídas em água, bebidas após as refeições e durante o dia. Para auxiliar no tratamento, aconselha-se manter uma alimentação equilibrada e higienizar os dentes e a camada branca da língua com a escova dentária.

Dores Corporais
No Estado Americano de Vermont, combate-se as dores lombares, dores nas juntas, artrite, reumatismo e do geral, com 2 colheres de chá de Vinagre de Maçã, com água, como se fosse refresco ou chá, diversas vezes a dia. Externamente o vinagre pode ser aplicado nos locais doloridos. Desenvolvimento O Vinagre de Maçã, quando acrescentado na dieta de pintos e frangos, misturado na ração ou na água de beber, resulta em aves de maior peso, crescimento mais rápido, de carne mais firme, de ossos mais fortes e de maior resistência à incidência de doenças.

domingo, 13 de abril de 2008

A Lenda de Maní

A Lenda de Maní( Lenda tradicional da Amazônia, recontada por Esperança Alves* )

"Há muito tempo, na Amazônia, em uma tribo indígena, pertencente à ancestral matriz Tupi, a mais bela “ cunhãtã” , filha do cacique, apareceu grávida, misteriosamente. O pai, muito contrariado por sua filha trair os costumes do seu povo, afinal não estava prometida a nenhum jovem guerreiro, quis sacrificá-la à “ Tupã” , mas, foi detido de seu intento, após um sonho. Neste, um homem branco lhe apareceu comunicando a inocência da mãe virgem, escolhida para uma importante missão.
Passadas 09 luas, a mãe deu à luz uma linda menina, muito alva, a quem deu o nome de " Maní ". De início, todos acharam muito estranho a cor diferente de sua pele, mas com o tempo foram se acostumando, se encantando e vendo graça e beleza naquela criança por quem aprenderam a nutrir grande amor e respeito.
Um dia, misteriosamente, “ Maní” morreu sem ter adoecido. A comunidade inteira ficou desolada. A mãe e o avô ficaram muito, muito tristes. O Conselho das mulheres mais velhas orientou e cuidou de enterrá-la no centro da maloca do avô.
Dia e noite a mãe chorava sobre a sepultura de “ Maní” . Depois de certo tempo, para surpresa de todos, do chão brotou uma pequena e desconhecida planta. E o mais espantoso foi mesmo quando a terra se abriu e apareceram grandes e belas raízes. Um a um foi chegando para ver a grande novidade. Com grande apreensão e respeito colheram as raízes, percebendo que, por dentro, elas eram "branquinhas", pelo que imediatamente associaram com o corpo de “ Maní”. Acreditaram ser uma nova manifestação de sua vida. Por isso, deram-lhe o nome de " Maní-oca ", que significa casa ou corpo de “ Maní” , na língua tupi.
A partir de então, nunca mais a população daquela aldeia Tupi passou fome, tornando-se a “ maní-oca”, ou mandioca, seu principal e sagrado alimento.
Saiba...
A mandioca tem um enorme valor cultural, não só na Amazônia, mas para toda a América do Sul, sendo encontrada do Norte da Argentina até o sul do México. Vários pesquisadores levantam a hipótese de sua domesticação ter se dado na região Amazônica com povos pertecentes ao tronco linguístico-cultural Tupi-Guarani, estes por sua vez, também sendo originários da mesma região (Pau-Brasil / org. Eduardo Bueno. – São Paulo: Axis Mundi, 2002).
Segundo a matéria “Mandioca, O Pão dos Trópicos” – Revista Ecologia & Desenvolvimento nr. 109, texto de “Nestor Cozetti e Aline beckestein”, ao todo, são encontradas 160 espécies de mandioca, sendo que 130 no Brasil, constituindo-se em principal alimento energético para 500 milhões de pessoas, sobretudo nos países em desenvolvimento, onde é cultivada em pequenas áreas e com baixo nível de tecnologia; Um terreno ocupado pela raiz da mandioca produz alimento em quantidade seis vezes superior à que produziria se ocupado pelo trigo, além de ser resistente e capaz de germinar em qualquer tipo de terreno, estando presente, em sua forma comum, em todas as lavouras de agricultura familiar - o que faz com que ela seja vista hoje por pesquisadores como solução para o combate à fome ; É o caso do pesquisador “Nagib Nassar” – PhD em genética e morfologia vegetal, professor agrônomo da Universidade de Brasília (UnB) – que vem desenvolvendo pesquisas nos últimos anos, com resultados exitosos, com fins de aumentar o teor nutricional da mandioca de 1,5% para pelo menos 5% de proteínas, com maior resistência à doenças, bactérias e vírus, cruzando espécies silvestres - que podem conter até 8% de proteína – com a mandioca comum – cujo teor máximo é de 1,5%.
Na Amazônia de hoje, a mandioca é indispensável e sagrada para a maior parte da população, servindo como fonte de alimentação e renda para as comunidades tradicionais, como também nas áreas urbanas: insumo básico para uma grande variedade de pratos e alimentos típicos como a tapioquinha, o beiju e o tacacá, sendo, no Pará, parceira indispensável para o consumo do vinho do Açaí - outra planta que tem origem mítica na cultura Tupi, e representa também o arquétipo da “Grande-Mãe Virgem”.
Tradicionalmente, aqui no Pará, o vinho do açaí é servido na Cuia - o nosso “Cálice Amazônico” - com farinha de mandioca, nas suas diversas modalidades (tapioca, farinha d'agua ... ) e vale por uma refeição completa. Em forma de “pão e vinho”; duas divindades femininas do Povo ancestral Tupi, se doam em “sacrifício”, diariamente, para milhares de amazônidas, como também a todos que aqui chegam e se permitem a divina “Comum-União”.
Saiba mais...
• Lendas e Mitos da Amazônia: concurso de monografias "José Coutinho de Oliveira". - Rio de Janeiro: s.n., 1985. Lançado pela Delegacia do MEC no Pará.
1º lugar: Ararê Marrocos Bezerra, com "Lendas e Contos de Irituia".
2 º lugar: Ana Maria T. de Paula, com "Lendas e Mitos da Amazônia".
• O Conto Caeteuára – A Lenda da Mandióca (Maní-Oca ou Cabâna de Maní) / Cesar Pereira. - Revista Bragança Ilustrada, 1958. Consulta ao Acervo Particular de Aviz de Castro.
• Mandioca, O Pão dos Trópicos / Nestor Cozetti e Aline Beckestein. – Revista Ecologia & Desenvolvimento, nr. 109.
• Raízes do Brasil / Sérgio Buarque de Holanda. - São Paulo: Cia das Letras, 1997.
* Esperança Alves – Educadora, Focalizadora de Danças Sagradas; Pesquisa as Danças, História, Mitologia e Espiritualidade dos Povos; Tem Iniciação em Psicologia, Formação Transdisciplinar-Holística e Curso Básico de Educação em Valores Humanos. Belém /PA.
Contato: esperanzza@manamani.org.br